
São delegados, policiais civis e militares, bombeiros,
guardas e agentes prisionais que passaram a não mais esconder a orientação
sexual dos colegas de trabalho e a lutar contra o preconceito a gays, lésbicas,
travestis e bissexuais no meio em que atuam.
Um dos integrantes, o agente penitenciário Breno Agnes
Queiroz, de 26 anos, conta que o grupo foi formado durante um evento no Rio de
Janeiro, em novembro de 2010, que reuniu operadores de segurança pública do
país para discutir formas de lidar com a população LGBT.
“O seminário era para fazer algo para a segurança pública da
população, mas aproveitamos que alguns de nós éramos homossexuais para nos
reunirmos e defendermos nossos interesses”, afirma Breno, que tem o apoio dos
colegas do presídio em que trabalha em Campinas, no interior de São Paulo.
“Sempre tem gente achando que vamos nos aproveitar da
situação, por ser homossexual, na hora da revista de algum detento. Eles acham
que tem que ser macho para colocar autoridade. Mas nossa presidente é uma
mulher e sabe liderar. Há muita homofobia no meio policial”, diz.
O agente declara que “há uma homofobia institucional velada
ou latente, que pode se manifestar de várias formas”. Para ele, o preconceito,
porém, não é da corporação: mas sim, “das pessoas” que convivem com os
policiais assumidamente gays ou lésbicas.
“Eu tive que trabalhar muito a conscientização dos meus
colegas. Tive que mostrar que não sou nada diferente, que não há motivos de me
impedir de fazer um tipo ou outro de serviço. Sabemos separar a orientação
sexual do trabalho”, afirma.
Fonte: G1
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