
Conduzida pelo Grupo Caixa Seguros e o Instituto Social Caixa Seguros, a pesquisa ouviu jovens de 18 a 29 anos de 16 unidades da Federação, das cinco regiões (360 da região Sudeste, 300 da região Nordeste e 180 de cada uma das regiões Norte, Sul e Centro-Oeste).
Para a frase “Eu me incomodaria em ter um professor gay ou uma professora lésbica”, apenas 6,54% disseram concordar totalmente, enquanto que 69,7% discordaram totalmente (os outros se dividiram entre concordo e discordo parcialmente e nem concordo, nem discordo).
Para outra, “Eu nunca teria uma amiga lésbica ou um amigo gay”, a situação foi semelhante. Ao todo, 67,72% discordaram totalmente e 7,53% concordaram totalmente.
O apoio aos homossexuais diminui um pouco se estivermos falando da nossa família. Para a afirmação “Eu me incomodaria se descobrisse que meu irmão é gay ou minha irmã é lésbica”, metade (50,33%) disse discordar totalmente. A taxa de quem é contra sobe um tantinho: 14,74%.
Polêmico, o tema da adoção por casais gays também surgiu na pesquisa. O apoio não ultrapassa a metade dos entrevistados como nas questões anteriores, mas é significativo. Para a frase: “Casais homossexuais podem adotar crianças”, 38,16% disseram concordar totalmente e 12,83% apenas parcialmente; 13% não concordam, nem discordam; 21,36% concordam totalmente e 7,37%, parcialmente.
O estudo também tratou de educação sexual e a equidade de gênero. Para conferir toda a pesquisa, clique aqui.
Fonte: Parou Tudo
Minha opinião:
Não fiquei assim tão otimista com esse resultado e tirei um
tempinho para dar uma olhada mais a fundo a pesquisa, o que resultou em uma
maior preocupação quando:
Machismo deles
De acordo com a pesquisa do Instituto Social CAIXA SEGUROS,
a noção de que o homem precisa mais de sexo do que a mulher tem grande presença
entre os jovens de 18 a 29 anos. Pouco mais de 38% dos entrevistados concordam
total ou parcialmente com essa ideia.
O machismo também aparece de forma relevante quando o
assunto é a violência contra a mulher. Mais de 16% dos entrevistados concordam
com a agressão contra mulheres apenas pelo fato de elas não aceitarem transar.
Machismo delas
O sexismo impregnado na sociedade transpõe os gêneros. Não
somente homens têm comportamentos machistas, mas também as mulheres. O estudo
identificou que quase 20% dos entrevistados consideram que a mulher pode
humilhar um homem se ele não quiser transar com ela, e um terço dos jovens
ouvidos acredita, ao menos parcialmente, que a mulher pode bater no homem se ele
a trair.
Um ponto preocupante a ser considerado é a noção de que a
violência sexual pode ser justificada pelo tipo de roupa que a mulher usa. De
acordo com a pesquisa, cerca de metade dos jovens brasileiros considera que
mulheres vestidas de forma insinuante não podem reclamar se sofrerem uma
agressão sexual.
Conscientizar é preciso
Isso só mostra o quanto a nossa sociedade ainda tem que
evoluir. Por mais que se espere um futuro melhor, as coisas só irão acontecer
se em casa, a família trabalhar esses assuntos de forma consciente. Não podemos
esperar que jovens criados por famílias conservadoras, regidos pela cultura da
repressão, onde se prevalece o silêncio ou a reprodução de mitos e tabus,
totalmente machistas, sejam cidadãos que respeitem as diferenças. Alguns se
salvam e percebem que o preconceito de qualquer espécie é um retrocesso, outros,
no entanto, formarão família e repassarão esses mesmos valores para os filhos.
Eu acredito ainda, que as escolas tem papel fundamental
nesta melhora. Não digo aqui que a escola tem que levantar bandeiras a favor
disso ou daquilo, mas tem a obrigação de propagar o respeito ao outro
independente de raça, credo, sexualidade, classe social, ideologias politicas e assim por
diante. A escola prepara esses indivíduos para viver em uma sociedade que eu
espero, seja mais consciente em todos os sentidos no futuro.
Para quem tiver um tempinho, seria interessante dar uma olhada nesta pesquisa e perceber a quantas anda a nossa sociedade!
Beijos
Angie...
Quero dizer que lamento que em pesquisas desse tipo, mostre resultados tão machistas e preconceituosos e estamos falando de uma população jovem. Eu concordo com você blogueira, não achei muito animador não as respostas relacionadas ao fato de respeitar os LGBT. Temos muito caminho pela frente.
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