
A parte queixosa foi uma mãe chamada Nadezhda Petrova, que
alegou que a filha dela de 13 anos teria presenciado simulação de sexo entre
duas mulheres e foi encorajada a beber álcool. Agora que Petrova venceu sua
reclamação, ela pode pedir milhões de rublos pelo “trauma psicológico” que sua
filha sofreu no show. Através de uma postagem do jornal online russo Gazeta.ru,
o The Hollywood Repórter ligou Petrova a uma organização conservadora chamada União
Trabalhista de Cidadãos Russos.
Yevgeny Filkenstein, diretor geral da promotora do show, a
Planeta Plus, teria dito: “Nós não concordamos com o veredicto porque ninguém
nos ouviu. Por causa destas leis contra propaganda gay adotadas aqui, por causa
desses truques publicitários baratos, todos os espectadores sofrem.
Recentemente, Peter Gabriel, que nunca se apresentou na Rússia, se recusou a
vir por causa da lei e porque ele apoiava o grupo Pussy Riot”.
Neste ano, o governo russo acusou Gaga de violar seu visto
ao se apresentar no país, alegando que ela havia apenas obtido o visto de
intercâmbio cultural, que não dava a ela permissão para trabalhar. A reclamação
teria sido feita pelo mesmo legislador de São Petersburgo que escreveu as leis
anti-gay.
A cantora de Artpop respondeu com um post no Facebook em
apoio à comunidade gay russa que pede revolução. “Enviando coragem aos LGBTs na
Rússia”, ela escreveu. “O aumento do abuso governamental é arcaico. Espirrar
spray de pimenta em adolescentes? Agressões? Mãe Rússia? O governo russo é
criminoso. A opressão vai ser respondida com revolução. LGBTs russos, vocês não
estão sozinhos. Nós vamos lutar pela liberdade de vocês. Por que não me prendeu
quando teve a chance, Rússia? Por que você não queria ter que responder ao
mundo?”
Madonna passou por problemas parecidos no ano passado. Em
uma apresentação em São Petersburgo, em agosto, durante sua turnê MDNA, ela
distribuiu pulseiras cor de rosa e apoiou os gays da cidade. “Nós queremos
lutar pelo direito a liberdade”, ela disse. Uma semana depois, um grupo de
ativistas entrou com um processo de US$ 10,5 milhões contra a cantora.
“Exigimos que ela pague pelo dano moral que os residentes de São Petersburgo
sofreram como resultado das ações dela durante o show do dia 9 de agosto”, uma
porta-voz da União de Cidadãos Russos disse na época. “Nós temos que defender
nosso direito de uma vida cultural normal sem a propaganda de valores e pontos
de vista que contradizem a cultura Russa.”
Fonte: Parou Tudo
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