O filme "A Memória que me Contam", de Lúcia Murat,
leva às telas dos cinemas um quebra cabeça de
discussões sociais dentro de um
drama irônico sobre utopias derrotadas, terrorismo e comportamento sexual. A
trama retrata um grupo de amigos que resistiu à ditadura militar.
A diretora acredita ser importante tratar da
homossexualidade no filme, já que os anos 1960 e 1970 “abriram o caminho para a
luta das minorias, das mulheres e dos homossexuais. Mas os desafios foram
muitos e as dificuldades enfrentadas pelo homossexuais da minha geração,
dificultaram para muitos o estabelecimento de uniões estáveis, levando-os a
vidas afetivas dispersas, sem coragem de assumir uma relação diante da
sociedade”. Lúcia também diz que acha chocante “perceber que ainda hoje existe
um preconceito velado entre algumas pessoas que viveram essa época”.
Os personagens gays do filme são Eduardo (Miguel Thiré). Ele
tem 26 anos e é artista plástico. Mantém há quase dois anos uma relação amorosa
com Gabriel (Patrick Sampaio). O Miguel Thiré fala sobre seu papel: “já tinha
brincado de fazer um gay. Uma coisa é você brincar de ser afeminado, outra
coisa é você desenvolver um carinho, um tesão por outro homem, se não seria uma
mentirada enorme”.
“A memória que me contam” chega aos cinemas em julho deste
ano.
Pra quem se interessou sobre o filme, clique no link abaixo e assista o teaser com falas dos atores que fazem o casal gay, Miguel Thiré e Patrick
Sampaio, e da diretora, Lúcia Murat.
Fonte: MixBrasil
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