narrador um garoto de 12 anos louco por futebol.
O livro "O namorado do papai ronca" foi a obra de
estreia do autor Plínio Camillo, que promete uma discussão sobre a questão
homoerótica. É um recorte de seis meses na vida do garoto Dante, de 12 anos,
inteligente, articulado e louco por futebol, que precisa ir morar com pai numa
cidade do interior quando sua mãe vai passar uns tempos na Itália para um
curso.
Imagine a dificuldade que é para um adolescente sair de São
Paulo e precisar - em curto espaço de tempo - adaptar-se à nova cidade, nova
casa, nova escola, e ainda conseguir fazer novos amigos. Pois esse turbilhão é
narrado neste livro em ritmo de thriler e numa linguagem absolutamente jovem, e
que inova no estilo ficcional ao trazer diálogos e personagens em linguagem
típica da Web, como as conversas instantâneas por Skype ou Messenger. E mais,
também inova ao apresentar os personagens via perfis de redes sociais, uma
forma de contextualizar os diálogos e apresentar os personagens da história.
O título provocativo, segundo o autor, "nos faz refletir
indiretamente sobre a questão homoerótica, uma vez que o pai relacionar-se com
outro homem é o menor dos problemas do menino nessa fase de vida naturalmente
tão conturbada". Aliás, a maior implicância de Dante é que o namorado do
seu pai ronca, só isso.
O namorado do papai ronca foi selecionado pelo Concurso de
Apoio a Projeto de Primeira Publicação de Livro no Estado de São Paulo do ano
passado (ProAC Edital nº 32/2011), e lançado pela Prólogo Selo Editorial em
parceria com o Instituto Cultural Mundo Mundano. Para Fernanda Carvalho, fundadora do Prólogo, simplicidade e naturalidade são as grandes virtudes desse lançamento infanto-juvenil (ou jovens leitores). "O autor usou uma linguagem sem complicações, em que a voz de Dante dá o tom do livro."
O namorado do papai ronca tem 192 páginas, está disponível
para venda no site da loja do Prólogo www.prologoloja.com.br, podendo ainda ser
encontrado nas lojas e no site da Livraria Cultura.
Plínio Camillo – nasceu em 26 de novembro de 1960. Aos três
anos descobriu que as letras tinham significados. Aos cinco, a interrogação.
Aos nove, não era sintético. Aos 12, quis ser espacial. Aos 15, conquistou a
exclamação. Aos 17 viu os morfemas. Aos 20 estava no palco. Aos 22 se viu como
um advérbio. Aos 25 desenredou a lingüística. Aos 27 redescobriu as
reticências. Aos 30, a juventude. Aos 35 recebeu o maior presente: a filha que
lhe trouxe a felicidade. Aos 40 desvendou uma ligeira maturidade. Aos 41 volta
ao verbo. Aos 45 recebeu o prazer de viver em adjunto adverbial de companhia.
Aos 50 anos, usa óculos até para atender telefone. Hoje se diverte escrevendo.
Fonte: Nossos Tons
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