sexta-feira, 31 de julho de 2015

segunda-feira, 23 de março de 2015

Para Fernanda Montenegro, reação negativa ao beijo gay é uma “caça às bruxas”


 Após Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg protagonizarem um beijo gay no primeiro capítulo da novela “Babilônia”, da TV Globo, inúmeras críticas à emissora e às duas atrizes de 85 anos começaram a surgir nas redes sociais e, também, na Câmara dos Deputados. A bancada evangélica da casa publicou, no dia seguinte da veiculação da cena (19), uma nota de repúdio ao beijo homoafetivo e propôs uma boicote à telenovela, sob o argumento de que a cena “impõe” valores que contrariam os “costumes, usos e tradições da sociedade brasileira”. 
Em entrevista concedida para a blogueira Patrícia Villalba, neste sábado (21), Fernanda Montenegro comentou a repercussão negativa gerada pela cena e a postura da bancada evangélica na Câmara dos Deputados. Para a atriz, reação dos parlamentares e de parte conservadora da sociedade denota uma “caça às bruxas”.

“Todos temos o direito de se posicionar. O problema é a radicalização desse pensar e no que ele pode se transformar. Não pertenço aos exércitos que estão se formando por aí. Não precisamos desses exércitos. É uma caça às bruxas o que estão propondo”, afirmou.
Na entrevista, a atriz disse ainda que não entende o tamanho da grita em relação a cena, uma vez que o beijo veiculado foi um “beijo casto”, sem a erotização usualmente utilizada em novelas na relação entre casais heterossexuais. Para Montenegro, há problemas muito maiores, nesse momento, a se importar.

“Percebo que temos problemas muito mais graves. O país está enfrentando uma crise bastante vívida e sentida, e tem gente disposta a se voltar contra o beijo de duas atrizes de quase cem anos de idade dado dentro de uma relação sacramentada pela vida afora”, analisou.
Antes da estreia da novela, Fernanda Montenegro já esperava por alguma reação diante de sua personagem e afirmou, à época, que “conservadores vão ter que nos aturar”.

Fonte: Portal Fórum

SBT explora rejeição a 'Babilônia' usando chamada oportunista


O SBT jogou sujo essa semana na tentativa de explorar parte da rejeição do público à novela “Babilônia”. A emissora de Silvio Santos fez chamada para a trama infantil “Chiquititas” dizendo: “Novela pra família é aqui”.

O anúncio corrobora com a opinião de políticos evangélicos que esta semana pediram boicote à novela da Globo por causa do beijo entre Fernanda Montenegro e Nathália Timberg e disseram que não é uma trama apropriada para a família.
Mas o SBT parece ter se esquecido que foi ela a primeira emissora a exibir um beijo lésbico em uma novela, em 2011, entre as personagens de Gisele Tigre e Luciana Vendramini em “Amor & Revolução”.

Fonte: Parou Tudo

quarta-feira, 18 de março de 2015

Beijo gay entre Teresa e Estela na novela Babilônia



Tem muita gente criticando, mas também tem muita gente parabenizando a
atitude dessas duas atrizes maravilhosas em fazer um papel de um casal
homoafetivo. Elas não têm mais nada a provar, mas as atitudes de ambas provam
que tem muita gente que adora espalhar o ódio de graça. É inacreditável alguns
comentários no youtube ou em reportagens sobre essa cena. Uma pena que ainda existem pessoas que
pensem de uma forma tão mesquinha. Não estou aqui querendo que todos adorem ou
que achem certo, não gosta? Tudo bem, troca de canal, não procure notícias
sobre isso... E por favor, não use DEUS ou CRISTO para justificar o
preconceito!



Vem aí a segunda temporada de RED

No fim do ano foi comentado aqui no blog e em tantos outros blogs sobre a série RED, primeira websérie lésbica do Brasil, que chegou arrasando e caiu no gosto da galera. Para quem está com saudades, já tiveram início as gravações da segunda temporada. Abaixo um entrevista com o casal da série feita pelo blog SAPATÔMICA.
Vale lembrar que RED é uma produção independente! Pra ajudar essa galera a continuar fazendo RED acontecer, você pode doar um cascalho. É só clicar no botão ‘TIP THIS VIDEO’ que tem embaixo da descrição de cada vídeo no canal Vimeo – RED Webseries. Apoie a arte e a cultura, galera!

Entrevista com Luciana Bollina e Ana Paula Lima que falam tudo sobre a 2a Temporada de RED
S: Vocês já tinham interpretado algum personagem homossexual antes?
LU: Não, nunca.
ANA: Não.


S: Como funcionou o casting? Vocês que souberam do projeto e procuraram teste ou foram escolhidas a dedo?
LU: Eu sou amiga do Fernando Belo, que é o diretor, há dez anos, eu estava querendo trabalhar com ele em algum projeto quando ele começou a vir esporadicamente para o Brasil. Temos afinidade artística desde muito novos. Quando ele me perguntou se eu faria RED adorei a ideia de cara. Eu confio muito nele também. Eu adoro a Mel e sua complexidade.
ANA: Foi curioso porque não foi através de um agente ou produtor de elenco. Uma das autoras, Germana Belo, conhecia meu trabalho e por email me chamou para o teste.
S: Qual foi a sensação quando vocês receberam o roteiro? Quando souberam de fato qual seria a história e sobre o romance entre as personagens.
LU: Eu achei intrigante. Tudo muito silencioso e cheio de subtexto. Também me animei muito em fazer a Scarlet, que é a personagem da personagem. Um desafio delicioso.
ANA: Me encantei pelo roteiro de cara. Gosto da delicadeza da história, do romance florescendo aos poucos e o universo da ficção dentro da ficção.

S: RED é a primeira websérie lésbica do Brasil e virou queridinha de muitos blogs especializados, tanto aqui quanto na gringa. Como vocês encaram esse trabalho? Como apenas entretenimento ou como algo que tem certo pode político/ativista?
LU: Sinceramente, eu acredito que a arte tem um poder, sim, mas nós só nos deixamos tocar por aquilo que nos identificamos. Acho que a intenção é apenas retratar algo que existe (que é o amor entre mulheres) de uma maneira diferente e bonita. Acho que RED não tem esse intuito de chocar ou polemizar nada. É um romance, uma novela como qualquer outra.
ANA: Fico muito feliz com a repercussão que RED teve e acredito que a segunda temporada tem tudo pra ir além. Não temos a pretensão de sermos ativistas, mas mesmo como entretenimento é essencial termos uma opinião sobre o que está se tornando público. A beleza de RED é que se trata do amor de dois seres humanos, independente do gênero.
S: Nós divulgamos a primeira temporada e acompanhamos o boom de garotas apaixonando por vocês. O público lésbico é muito caloroso! Como tem sido o assédio pós-RED?
LU: Rsrs. Sendo muito sincera, eu já ri bastante dos comentários no Twitter! Elas são muito engraçadas e calorosas ao mesmo tempo. É um carinho sem invasão e uma admiração muito doce de todas elas. Não recebi cantadas absurdas e nem loucas obcecadas vieram atrás de mim. Acho que é um público muito participativo e bem-humorado! Eu adoro!
ANA: É maravilhoso o carinho com que fomos recebidas e gratificante ver que cresce a cada dia. Amo ver as meninas interagindo com o universo das personagens.

S: Conta pra gente como está sendo trabalhar uma com a outra. Como vocês se enxergam e lidam uma com a outra no set?
LU: A Ana é aquela colega que a gente pediu a Deus. Divertida, talentosa e comprometida. Me dei bem com a Ana desde o comecinho. Ficamos o tempo todo arrumando uma a outra no set para sairmos bonitas no vídeo. Rs. Também damos muita risada e filosofamos sempre que podemos. Ela é muito pra cima! A Ana é daquelas pessoas que tem o olhar transparente. Ela é o que ela é e não há maldade. Muito bom conhecê-la e trabalhar com ela. Torço muito pra que ela brilhe muito por aí sempre.
ANA: A Lu é muito talentosa, desde o princípio a conexão foi imediata. Nos divertimos muito no set, é descontraído. Ao mesmo tempo que sempre conversarmos sobre nossas percepções sobre o todo e qual o melhor caminho a seguir nas cenas! Ela é uma atriz muito generosa, sinto que desenvolvemos uma relação de respeito e confiança.

S: Pergunta louca: se vocês pudessem mudar algo no roteiro da primeira temporada, mudariam o quê?
LU: Eu acho que a Mel não merecia aquele esporro da Laura na porta do banheiro! Hahaha. Achei muito deselegante da parte dela e foi uma situação trash pra Mel. Mas estou sendo super defensora com a minha personagem!
ANA: Não sei se mudaria algo…gostaria de ver mais das próprias situações apresentadas, mas infelizmente em 8 minutos você tem que abrir mão.

S: O que a gente pode esperar da segunda temporada? Dá um spoilerzinho só
LU: Rsrs. Podem esperar um aprofundamento nessas duas personagens. Acho que vai dar pra conhecer melhor essas duas e o mundo que as cerca. Teremos também muitos dilemas, conflitos, escolhas e fortes emoções!
ANA: Na segunda temporada o clima entre Mel e Liz esquentou… bastante…

S: Aquele recadinho maravilhoso pras leitoras do Sapatômica!
LU: Meninas lindas e maravilhosas, sou muito orgulhosa de representar um casal homossexual nessa série! Eu amo ser mulher e amo as mulheres da minha vida. Acho que entramos muitas vezes em conflito por causa da maneira que a sociedade ainda cobra e enxerga a mulher, mas acho que a feminidade é, com certeza, uma das forças que podem salvar o mundo da barbárie que enfrentamos. A energia feminina deve triunfar em nós e nos fazer poderosas e brilhantes! Acho que o amor lésbico e todas as questões que surgem a partir desse amor, devem ser cada vez mais e melhor representadas pela arte, seja através de filmes, séries, teatro, pintura, etc. Um beijo carinhoso e obrigada!
ANA: Muito obrigada pelo carinho dedicado a nós!! Vocês são demais! Ainda não conhece RED? Nos de uma chance de 8 minutos, quem sabe você se apaixona assim como nós, que adoramos contar essa história! Beijos, nos vemos em breve.

Fonte: Site Sapatômica

 

terça-feira, 17 de março de 2015

"Público estava pronto", diz autor sobre beijo gay na estreia de "Babilônia"


Personagens gays já fazem parte do vocabulário das novelas recentes, mas beijar ainda é um verbo pouco conjugado pelos homossexuais nos folhetins. Quando acontece, é só depois de "preparar" os telespectadores por meses a fio antes de mostrar um momento mais íntimo entre eles. "Babilônia", que estreiou na última segunda-feira (16), no horário nobre, quebrou todas as regras, ao mostrar um selinho do casal Teresa (Fernanda Montenegro) e (Nathalia Timberg) logo na estreia
Sem pretensão de causar alarde, o folhetim dá, no entanto, um passo a frente em relação a suas antecessoras. Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) só se beijaram no último capítulo de "Amor à Vida"; Cláudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo), na semana final de "Império"; e Clara (Giovanna Antonnelli) e Marina (Thaís Müller), após meses de relacionamento na novela "Em Família".

"É um beijo de duas mulheres que estão casadas há 35 anos, e foi escrito no primeiro capítulo justamente pra quebrar com a expectativa, pra não ficarem perguntando: 'Vai ter beijo?'", afirma Ricardo Linhares, que escreve a novela ao lado de Gilberto Braga e João Ximenes Braga.

Segundo Linhares, a trinca de autores não recebeu nenhuma orientação da emissora sobre o tratamento da cena. Mas ele admite que esse ainda é um tema que precisa ser discutido nos bastidores antes de se concretizar.
"Tivemos toda liberdade pra fazer da maneira que a gente acha que deve ser feito. Mas é um assunto delicado, e a última palavra não é nossa, é da direção artística da casa. E respeitamos. Só que a gente explicou que era importante pra mostrar a relação das duas e pra mídia não ficar gerando especulação. Porque isso não é relevante. A gente vai mostrar uma relação muito legal, é natural que tenha beijo. O público está totalmente pronto pra isso. Não há necessidade de chupão nem cena de cama, até porque não teria a ver com as personagens", analisa.

A diretora geral da novela, Maria de Médicis, também ressalta que o mais importante é traduzir o sentimento do casal. "O fato de contarmos essa história com Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg já fala muito sobre a maneira como queremos contar essa história. Não vai ter nada vulgar. São duas pessoas que se amam. Ter ou não beijo depende muito da forma como a história é contada. No caso do Félix e do Niko, aquele amor estava sendo construído. De repente o beijo antes ganharia uma importância que não devia. Nesse caso, de 'Babilônia', cabe", explica.

Nathalia, por sua vez, é contra dar muita importância ao beijo em si. Ela concorda com a colega Fernanda Montenegro, que acredita que a trama de Estela e Teresa precisa ser contada com naturalidade. "Meu Deus, isso acontece. Quanto mais continuarmos isso, mais alimentamos o preconceito", afirma Nathalia. "Além do mais, as duas não são personagens no auge dos hormônios, têm uma vida juntas. Tem uma carga de emoção e de carinho ali. E elas já enfrentaram muito preconceito na vida", lembra a atriz.
Mas, depois de enfrentar tanta resistência, as duas hoje são queridas e respeitadas, aponta Linhares. E estão prestes a dar um passo importante na relação: no capítulo 35, as duas vão oficializar a união. "Existe uma dignidade na relação delas, que acho que é o ponto mais importante: a aceitação e a naturalidade. Não existe ninguém atacando as duas, elas já passaram por isso, mas hoje são um casal como qualquer outro. E vão realizar um casamento oficial, de papel passado. Isso que é importante mostrar", afirma. 


Fonte: UOL
 

Beijo de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg empolga o público na internet

Há pouco mais de um ano, a Rede Globo exibiu pela primeira vez um beijo gay no horário nobre. A tão esperada (e criticada) cena entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) só foi ao ar no último capítulo de Amor à Vida, após meses de suspense e dúvidas sobre a exibição. A novela seguinte, Em Família, mostrou alguns selinhos entre Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller), mas com muito menos repercussão. Recentemente, em Império, José Mayer só "saiu do armário" na última semana da novela, com um inocente e rápido beijinho de Cláudio e Leonardo (Klebber Toledo).

É por isso que Babilônia já chegou causando comoção nacional. Logo no primeiro capítulo, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg protagonizaram um beijo que entrou para a história. Sem rodeios ou suspense, Estela e Teresa trocaram carinhos como qualquer casal, selando a cena com um beijo bem mais demorado do que outros que já foram mostrados no horário nobre.
Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares estrearam com o pé direito e movimentaram as rede sociais. Na internet, só se falava de Babilônia, que já começou ganhando a simpatia de muita gente. Houve comentários críticos e agressivos, é claro, mas a maioria comemorou a ousadia das cenas.

Fonte: DG
 

Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações homofóbicas em debate presidencial

Em debate realizado em 2014, político fez declarações homofóbicas e afirmou que “aparelho excretor não reproduz (…)”
 
O ex-candidato à presidência da República Levy Fidelix (PRTB) foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a pagar uma multa de R$ 1 milhão numa ação civil pública por danos morais movida pelo movimentos Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). A decisão da última sexta-feira refere-se a uma fala durante sua participação de um debate na TV, no dia 28 de setembro de 2014. À época ele foi questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre o motivo pelo qual muitos dos que defendem a família se recusam a reconhecer o direito de casais de pessoas do mesmo sexo ao casamento civil, e respondeu que “dois iguais não fazem filho” e que “aparelho excretor não reproduz”. A decisão é de primeira instância e cabe recurso. O valor da multa, segundo o texto, será revertido para ações de promoção de igualdade da população LGBT, conforme definição do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT.

Na ocasião, Levy comparou a homossexualidade à pedofilia, afirmando que o Papa Francisco vinha promovendo ações de combate ao abuso sexual infantil, afastando sacerdotes suspeitos da prática. O candidato teria afirmado ainda que o mais importante é que a população LGBT seja atendida no plano psicológico e afetivo, mas “bem longe da gente”. Segundo o jornal Extra, o TJ-SP considerou que as declarações de Levy haviam “ultrapassado os limites da liberdade de expressão, incidindo em discurso de ódio”.
As declarações de Levy causaram uma grande reação nas redes sociais. “Aparelho excretor não reproduz. Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar”, disse, à época. No exterior, o britânico “The Guardian” criticou as declarações do então candidato.
A sentença destaca também que muitos homossexuais sofrem agressões por causa de sua orientação sexual — algumas chegando a resultar em morte: “isso reflete uma triste realidade brasileira de violência e discriminação a esse segmento, a qual deve ser objeto de intenso combate pelo Poder Público, em sua função primordial de tutela da dignidade humana”. E concluiu, então, que, por esses motivos, “agiu de forma irresponsável o candidato Levy Fidelix e, em consequência, o seu partido ao propagar discurso de teor discriminatório. Na qualidade de pessoa pública formadora de opinião, que obteve número relevante de votos no primeiro turno das eleições presidenciais de 2014, ao discursar em rede televisiva a todo o Brasil, tinha o dever ético e jurídico de atuar em consonância com os fundamentos da Constituição”.