sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Contra a imposição do rosa para garotas, pai deixa filha de 3 anos escolher as próprias roupas

Basta entrar no setor infantil de uma loja de roupas que uma antiga lógica mercadológica salta aos olhos: rosa é para meninas e azul, para os garotos. Cansado dessa máxima, o dono de casa e pai de uma garotinha de 3 anos Simon Ragoonanan criou o blog "Man vs pink" ("Homem contra o rosa"), para questionar essa segmentação através de textos e imagens. Para provar que isso é uma mera imposição mercadológica, o britânico deixa a filha escolher suas próprias roupas e, em seguida, compartilha várias fotos nas redes sociais.

Para fazer jus aos argumentos do pai, boa parte das peças escolhidas pela menina, cujo nome Ragoonanan prefere preservar, são em tons de azul e vermelho e trazem estampados personagens como Homem-Aranha e Darth Vader no lugar das tradicionais princesas. O desafio, entretanto, é encontrar peças com estes personagens para meninas. Segundo ele, não existem itens com essas características para garotas.
 - Durante os três primeiros anos de nossa filha, minha esposa e eu fazemos o melhor para apresentá-la uma ampla ideia do que é ser menina. Agora, precisamos deixá-la descobrir quem ela é por si própria. Escolher o que usar diariamente é apenas uma pequena parte disso - disse Ragoonanan ao "The Independent".

Para ele, os consumidores não precisam ser informados de que um vestido rosa é para meninas da mesma forma que uma camiseta de dinossauro é para meninos. Eles podem fazer suas próprias escolhas, assim como seus filhos.
- Minha filha não vê "Star Wars" ou "Homem-Aranha" como algo exclusivo dos meninos. Espero que nunca pense isso - disse.
Deixar a garotinha fazer suas escolhas e observar seus hábitos só reforçou a posição de Ragoonanan. Para ele, as pessoas precisam lembrar que as meninas não são geneticamente predispostas a "rosa, princesas, babados, brilhos e flores".
- Muitas meninas gostam dessas coisas e outras não. Mas isso é o que é comercializado para garotas desde os primeiros anos de vida. É por isso que este material é tão popular entre elas. Não deixe que os marqueteiros definam o que é ser uma menina. Ajude sua garota a se definir - recomenda.

Fonte: O Globo

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