terça-feira, 16 de abril de 2013

Campanha contra homofobia iniciada em BH ganha novas adesões pelo país


Todos sabem que o meio futebolístico é um dos mais preconceituosos, tanto é que dificilmente atletas gays saem do armário por medo de sofrerem ações homofóbicas. Quando decidem falar sobre o assunto e
assumir, eles também decidem terminar a carreira, como foi o caso do Robbie Rogers. O atleta da seleção dos Estados Unidos,  aos 25 anos, tomou a decisão de se assumir gay, encerrando assim, sua carreira nos gramados.
No entanto, começa a existir um movimento que parte das torcidas dos times de futebol, claro que está gerando muita conversa, mas o movimento vem crescendo dia a dia.
Esse movimento das torcidas de futebol do Brasil, via redes sociais,
contra a homofobia, teve o Atlético-MG como pioneiro. O nome escolhido, “Galo Queer”, página que foi criada na terça-feira da semana passada, faz referência ao termo inglês que significa algo estranho, fora do comum ou padrões. Mas é utilizado erroneamente no Brasil para se referir a homossexuais. Na última quinta-feira, inspirados na ideia atleticana, cruzeirenses também criaram uma página semelhante, chamada “Cruzeiro/Anti-homofobia”.
A campanha continua ganhando adesões de torcedores de outros clubes e segue unindo rivais históricos.
Depois dos clubes mineiros, foi a vez dos paulistas, Palmeiras e Corinthians também criarem páginas no facebook, e até a dupla Grêmio e Internacional rivais de tradição se uniram a favor da diversidade, além disso, torcedores do Bahia se juntarem à campanha, que começa a se tornar nacional.
Assim como os outros times do futebol brasileiro, a dupla GreNal entrou na luta contra a homofobia. Torcedores dos dois times criaram páginas
chamadas “Queerlorado” e “Grêmio Queer no Facebook”. Parte da torcida do Bahia, por sua vez, adotou a medida e também divulgou a página.
“Gremistas também estão pelo respeito à diversidade no futebol! Vamos usar este espaço para debater o respeito às diferenças por um futebol sem homofobia, machismo, racismo e sexismo”, escreveu o administrador da página “Grêmio Queer”.
A página da dupla de times do Sul do Brasil tem recebido apoio. Ao todo, são mais de 700 curtidas de torcedores do Internacional e também do Grêmio. Porém, como aconteceu com os outros movimentos, as
críticas também foram grandes por meio do Facebook.
“Neste exato momento estou inclinado a deixar todas estas postagens absurdas que temos recebido, de torcedores do NOSSO TIME”, escreveu o idealizador da página “Queerlorado”, referindo-se aos xingamentos à iniciativa.
O dono da página do Bahia, que não se identificou, publicou o seguinte:  “Essa página foi idealizada por torcedores/as do EC BAHIA no intuito de dizer BASTA ao machismo, homofobia sexismo e racismo no
futebol brasileiro. Nosso amor pelo EC BAHIA e por futebol não combina com nenhuma forma de preconceito e violência”.
Como falei no início as críticas serão grandes e faz parte, mas pelo menos é o início para uma inclusão a diversidade também nos campos de futebol.

Fonte: UOL Esportes

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