sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Namoro...

Olá meninas...
Desculpe a demora, mas a vida está corrida mesmo.
Estou aqui para mais um post, então lá vamos nós...

A vida estava mesmo muito boa. Eu tinha uma namorada linda e maravilhosa pela qual eu estava completamente apaixonada.
As nossas conversas por telefone, e-mail, msn, sms eram cada dia mais frequente e maravilhosas. Falávamos de tudo um pouco.
Aos poucos, fomos moldando a nossa rotina diária ao nosso namoro, definitivamente estávamos namorando (oh coisa boa kkk). Conversávamos regularmente pela manhã enquanto eu estava sozinha na academia e ela na secretaria de educação.
Depois chegava ao trabalho, enviava o e-mail matinal e durante a manhã, entre uma reportagem e outra eu dava um jeito de enviar uma sms ou até mesmo ligar, só para escutar a voz dela.
No período da tarde conseguíamos conversar por msn e a noite, bem a noite sempre foi meu horário preferido, poderia ficar falando com ela por horas e horas.
Em casa o assunto era pouco comentado e quando isso acontecia, minha mãe e eu acabávamos discutindo. Algumas vezes fui dormir chateada coma situação e a Edi sempre buscava apaziguar os problemas.



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29 comentários:

  1. Após nosso primeiro encontro, tudo ficou mais claro, ou nítido, para ser politicamente correta, rsrs. Nosso relacionamento passou a seguir o curso natural de todos os namoros iniciais, muitos sms, chats, telefonemas, como já foi mencionado pela Angie e nunca era o bastante, quanto mais nos falávamos, mas sentíamos vontade de ouvir mais um pouco; não sei onde achamos tanto assunto, mas o fato é que sempre quando vamos sair, nos acompanhamos no caminho (via celular) e conversar antes de dormir, já faz parte de nossa rotina. Entretanto, nem tudo são flores, como a Angie tem uma relação muito íntima e pessoal com a mãe, e dedicava todo o tempo livre à ela e à filha, as cobranças por parte de ambas não tardaram e eu até me sentia culpada, as vezes, e principalmente temia ser detestada, pelas duas por estar “roubando” a filha\mãe delas. Eu até escrevi um e-mail para a Angie entregar à mãe, na tentativa de fazer com que ela aceitasse nossa relação e que se ela estivesse namorando um homem, as coisas seriam da mesma forma ou mesmo pior (contudo, o momento adequado de entregá-lo nunca chegou). Quanto à filha, comecei a falar com ela por telefone e aos poucos ela foi se acostumando com minha presença constante e até passou a gostar de mim.

    Desde o princípio achei a Angie uma mulher incrível, destemida e determinada. Ela nunca camuflou nosso namoro e mesmo sem ter certeza de nosso futuro, ela já foi logo contando pra família, coisa que nunca fiz na vida. Além disso, é uma ouvinte fantástica, não há pessoa melhor no mundo pra dá conselhos, ela acata quase tudo, rs, eu até me surpreendo e sempre digo pra ter cuidado comigo, se deixar, posso sufocá-la com minhas ideias, rs. A única coisa que não entendia no comportamento dela era como ela se intimidou e se submeteu a uma vida hetero só porque era o que os outros queriam. A Angie do passado não tem nada a ver com a Angie do presente e isso me perturbou por um tempo, mas agora já resolvemos esse assunto e hoje eu já aceito bem que ela tenha feito coisas hetero a vida toda (antes esse assunto me consumia, eu não conseguia visualizar uma mulher como ela se envolvendo com homens mesmo sem vontade, na minha opinião ninguém faz isso por 25 anos como ela fez).

    Aos poucos nós fomos nos conhecendo mais e mais, contamos nossas experiências, rimos ou choramos das histórias familiares e iniciamos nossos planos de futuro, primeiro o futuro próximo e depois, bem o futuro mais distante deixamos para depois, ainda precisamos trilhar por caminhos que nos levem para o mesmo lugar e até chegar lá, esperamos estarmos definitivamente preparadas para o que temos reservado pra nós.

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    1. Eu não condenaria os relacionamentos heteros do passado da Angie, afinal pelo que li, ela não tinha interesse algum em ser lésbica,ao contrário, fez de tudo para que isso não acontecesse. A meu ver, ela só decidiu aceitar, porque percebeu que jamais poderia ser feliz vivendo com um homem. A sociedade é preconceituosa e assumir que se é diferente é um grande risco. Por isso, digo uma vez mais, que admiro a Angie,afinal, depois de tudo, resolveu viver o que realmente é, e mais, não está escondendo esse fato de ninguém, algo muito comum entre o nosso meio. Mulheres que tem uma vida dupla, muitas casadas e com família contituída.
      Valéria

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    2. Oi, Valéria. Entendi o que quis dizer, mas inicialmente ela não fez nada para ser lésbica, ao contrário, ela fez tudo para ser heterossexual e quando me contou suas aventuras e desventuras eu fiquei "zangada", pois ela se deixou usar pelos homens apenas para satisfazê-los e isso durou muito tempo. Contudo, hoje ela é uma mulher completamente diferente e quando fiz uma comparação não consegui entender porque ela esperou tanto tempo para ser quem ela era de verdade. Mas não me entenda mal, eu tive (e ainda tenho até) essa postura inicial porque sempre lutei pelos direitos das mulheres e fico enfurecida quando vejo uma se submetendo aos desejos de um homem ou da sociedade. Entretanto, hoje em dia, tento relativizar as coisas e até já compreendo que algumas mulheres só são felizes quando se submetem a alguém.

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    3. Oi, Valéria, de novo, rs. Entendi errado o que você disse, então refazendo minha resposta... A Angie tem interesse por meninas desde a adolescência e só namorou homens e até casou porque não queria ir contra o que a sociedade pregava e nunca se apaixonou por homem algum, mas mesmo assim, viveu uma vida toda ao lado deles... Eu sempre me pergunto e não consigo chegar a uma conclusão plausível, dos motivos que levam uma pessoa a viver na heterossexualidade quando teem certeza que são homossexuais. Todos os envolvidos ficam infelizes e sexualmente insatisfeitos, por isso, mais uma vez repito Vinicíus de Moraes: Se ia desfazer, porque que fez?

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    4. Você nunca fez nada que se arrependesse depois? Ou que teve que desfazer?

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    5. Eu sempre digo que devemos arcar com as consequências de nossos atos (mesmo quando não são de forma proposital) e o que fazemos não podemos desfazer, apenas fazer diferente numa próxima vez. É assim que a vida funciona, anônima...

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  2. Para as mães sempre será mais difícil eu acho.

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  3. Não sei, mas só mesmo quem tem a certeza de ser lés desde pequena não se envolve com homem. Eu tive namorados antes de entender com clareza que o meu gosto é por mulheres. E quanto a família ninguem sabi ainda. Diferente da Angie me falta coragem.

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    1. Sol, eu concordo com você desde que esse envolvimento com homens implique em prazer e desejo ou até mesmo curiosidade, contudo, se não há nada disso, se envolver para quê? Só para dá uma satisfação á família ou à sociedade? Nesse ponto eu acho que falta amor próprio na pessoa e sobra submissão... "Sair do armário" é muito difícil e complicado e cada realidade é singular e requer cuidado no que vamos dizer ou fazer. Eu nunca falei abertamente para minha família, entretanto, eles sabem e se não desconfiaram é porque "tapam o sol com uma peneira", visto que só ando com mulher, só falo em mulher e tenho "umas amigas que aparecem e uns anos depois desaparecem. O que elas seriam se não namoradas? Entretanto, eles não querem falar no assunto e como nunca houve intimidade para assuntos dessa natureza, vou vivendo com "minhas amigas", que são tratadas muito bem por todos. E sendo assim, dificilmente minha família se referirá à Angie como minha namorada, mesmo sendo impossível negar tal fato...

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    2. Ela aceita isso? O fato de ela ser apenas amiga para a sua família?

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    3. Aceita, é uma via de mão dupla, eu aceito umas coisas e ela outras...

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    4. Olá anônima, pois então, essa situação da família saber ou não, isso depende de cada um. Eu e a Edi já conversamos sobre isso algumas vezes. A minha família sabe e falamos, na medida do possível abertamente sobre o assunto.Na casa da Edi a situação é diferente, como ela mesma disse, ela nunca falou abertamente, mas eles supostamente sabem, portanto, desde que possamos ficar em paz o resto é resto. Se é para a família saber e a pessoa viver em pé de guerra, então é melhor não contar nada.

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  4. Nossa, mas é mesmo muita paixão em? Gosto quando a namorada da Angie dá um pitacos kkk

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    1. Olá, Ana Lu! É muita paixão, sim, estamos nos entregando de corpo e alma uma para a outra e acreditamos que nossos caminhos serão os mesmos daqui pra frente... No início eu evitei "dá pitaco", pois já faço tanto isso na vida da Angie que preferi ficar mais distante do blog, contudo, percebi que ela sentia minha ausência aqui e por isso tenho vindo mais vezes, bem como tenho colaborado com os relatos de nossos encontros.

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    2. Eu acho que fica ainda melhor. Essa história é muito boa porque é real. Amooooo hehehe.

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    3. Pois acho que deve continuar, afinal mostra o quanto o relacionamento de vocês é sólido e o quanto são companheiras rsrsrsr. A Angie também te ajuda nos seus projetos? desculpe a curiosidade rsrsr

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    4. Ela é ótima quando se trata de fazer cartões e a exploro bastante nesse ponto, rs. E tem me incentivado a escrever, mesmo havendo muita preguiça de minha parte, rs.

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    5. hehehehe Angie tua moral tá baixa com a namorada, o que te salva são os cartões hehehehe

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    6. Tadinha da Angie. Mas se vc tá sem moral com a namo é só me ligar lindinha que eu te garanto que vou apreciar bem mais do que os seus cartões rsrs

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    7. A Red Rose está mesmo atiradinha em? Angie você pode não estar com a moral muito boa com a namorada, mas com as meninas que visitam o chat, você está arrasando hehehehe

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    8. Agradeço a preocupação meninas, mas a minha moral com a namorada está bem elevada kkkk... Não se preocupem, as minhas habilidades não se restringem apenas aos cartões kkk
      Beijos.

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  5. Adorei o blog Angie e foi muito bom conversar com vc no chat. Duda também foi um prazer conversar com vc. Beijos

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    1. Obrigada pela visita Lila.
      Também gostei muito de conversar com vc.
      Apareça sempre que quiser..
      Beijos
      Angie...

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  6. Também passo pelo mesmo dilema. A família da minha namorada sabe que ela é lés, mas a minha não. E ultimamente tivemos vários problemas sobre isso. Não sei se conseguiremos superar alguns dessabores que aconteceram nos ultimos meses.

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    1. Anônima, ao meu ver, em primeiro lugar é preciso saber o que as duas querem da vida e se esse amor vale a pena. Em segundo, é necessário avaliar (e vc já deve ter conhecimento da reação) como sua família irá reagir depois da verbalização da verdade (no meu caso eles já sabem, apenas preferem ignorar. E no seu?); e em terceiro, vc e sua namorada devem chegar a um consenso quanto aos procedimentos seguintes. Infelizmente, nem todo mundo tá preparado para guerrear com a família e nem para omitir a real relação existente. No meu caso, até agora, está tudo bem e já fizemos esses três passos, contudo, como tudo na vida muda e passa, do amanhã ninguém sabe...

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    2. Anônima, com calma e muito diálogo vocês conseguirão superar esses problemas. Falar para à família que vc é homossexual é sim uma tarefa difícil. Eu levei 38 anos para fazer isso. Converse com sua namorada e diga que ainda não se sente pronta para contar a família. Acho que se vocês se gostam de verdade vale a pena insistir na relação. E claro que vai chegar um tempo que a sua família irá saber, não tem como isso não acontecer. Você terá que se preparar para isso. Mas como falei anteriormente, é necessário calma e diálogo.
      Beijos
      Angie...

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    3. Espero que ela leia essa sua resposta. Eu a amo e não tenho dúvidas disso.

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  7. Eu continuo no armário. Queria coragem pra gritar ao mundo o que realmente sou.

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  8. no tempo certo essa coragem chega..
    Beijos...

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