segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Desembargadora rebate evangélicos: casamento gay ocorrerá, sim

Uma polêmica tomou conta de um casamento coletivo que será celebrado em Curitiba em dezembro. Vereadores disseram que se casais homossexuais se inscreverem para o evento, não terão o status de “casamento” mas, sim, de “união estável”. A Justiça, no entanto, pensa diferente.
“Quem estiver apto e se inscrever vai casar, sim”, disse a desembargadora Joeci Machado Camargo, ao jornal Gazeta do Povo. “O CNJ tem uma resolução determinando isso e eu, como integrante do Judiciário, vou cumprir. Não posso discriminar. Aliás, nem sei quem são as pessoas, se haverá ou não casais homoafetivos. Elas se inscrevem e apresentam a documentação no cartório. Eu celebro o casamento. Só isso”, disse.

Segundo a publicação, os vereadores da bancada evangélica pimeiro causaram polêmica em torno ao discordarem de uma postagem da equipe de mídias sociais da prefeitura que celebrava a ideia do casamento gay. A postagem chegou a ser retirada do ar por pressão política, mas depois voltou a ser posta na página da prefeitura no Facbeook, o que irritou os vereadores.
Nesta semana, a bancada se reuniu com o prefeito Gustavo Fruet (PDT) para pedir “neutralidade” entre os evangélicos e os defensores dos direitos LGBT. Sugeriram ainda que o prefeito falasse com a desembargadora sobre o uso do termo “casamento”. Segundo os vereadores, pela Constituição brasileira, “casamento” se refere apenas a homem e mulher.

A desembargadora diz que se trata de mera confusão. “O que vamos celebrar é um casamento civil. É um ato jurídico e o CNJ já determinou que não pode haver discriminação. Se algum pastor quiser ir lá dar bênção aos casais, ótimo. Mas não é casamento religioso, que é outra história”, afirma ela. Joeci diz que desde a resolução do CNJ vem celebrando casamentos com a participação de casais de mesmo sexo, inclusive no interior do Estado. “Não sei por que a polêmica”, afirma.

Fonte: Parou Tudo

 

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