A história de Tatiani Arcanjo de Oliveira, de 33 anos, e Lumara Kery Rodrigues, de 22, aconteceu como em um conto de fadas. As duas se conheceram em grupo no Facebook e se apaixonaram. O amor venceu a distância e Luh, como é chamada pela amada, saiu de Araxá, no Alto Parnaíba, para a Zona da Mata mineira. O final feliz se concretizou com o casamento, celebrado no dia 13 de setembro.
Mas assim como nas histórias de princesas, sempre há um vilão — ou vários. Depois de postar as fotos da cerimônia na rede social, o casal passou a ser alvo de preconceito na internet. Militante de uma ONG sobre os direitos da população LGBT da cidade de Miraí, Tatiani conta que resolveu denunciar o caso à polícia para conscientizar as pessoas. Tati e Luh foram o primeiro casal gay a formalizar a união civil na cidade.
— O casamento não influenciou na vida de ninguém, não mudou
nada. E que a gente tem que viver com as diferenças. Faria tudo de novo. O que
todo mundo tem que entender é que se deve respeitar negro, gay, branco, gordo,
rico, pobre, todos. Entrei com o processo e pretendo ir até o fim, ainda que
demore seis meses, um ano — afirma Tatiani.
Entre as mensagens ofensivas incluídas no processo aberto
pela Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o caso, estão prints feitos
em matérias sobre o casal e em uma página no Facebook chamada “Sapatômica”,
criada para promover notícias sobre o universo LGBT.
A região é a mesma em que foi registrado um caso de racismo contra um casal formado por uma jovem negra e um homem branco, em agosto.
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário