"Eu estava vivendo uma mentira. Eu nunca escondi no
meio do futebol, porque é aceito, mas para o mundo de fora eu nunca falei sobre
minha sexualidade", disse Stoney, que foi capitã da equipe britânica nos
Jogos Olímpicos de Londres e já jogou 116 partidas com a seleção inglesa.
"Acredito que é muito importante me assumir como uma
jogadora gay porque existem tantas pessoas sofrendo por serem gays. Você ouve
sobre pessoas que tiram a própria vida porque são homossexuais. Isso nunca
deveria acontecer. Como eu posso esperar que as pessoas se revelem se eu não
estiver disposta a fazer a mesma coisa?", questionou.
A jogadora do time feminino do Arsenal contou que teve como
inspiração o saltador Tom Daley, que conquistou a medalha olímpica de bronze em
2012 e que no último mês de dezembro publicou um vídeo em que se declarava
homossexual. A reação positiva do anúncio do atleta motivou Stoney. "Eu
pensei: 'uau, o mundo está mudando e é minha vez de levantar e contar meu lado
da história'", disse a jogadora.
Outros jogadores de futebol assumiram sua orientação sexual
recentemente. O alemão Thomas Hitzlsperger, ex-jogador da seleção da Alemanha e
de equipes Stuttgart, Aston Villa, Lazio, West Ham e Wolfsburg, anunciou no
início de janeiro que é gay. Em 2013, o americano Robbie Rogers assumiu sua
orientação sexual e se aposentou, mas foi chamado para jogar pelo Los Angeles
Galaxy.
Stoney ainda criticou o fato de que Rússia e Catar terem
sido escolhidas como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.
"Eu não irei para a Rússia ou o Catar para a Copa porque não serei aceita
lá", afirmou a inglesa.
Fonte: Terra
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