Muitos apontavam Couto como o mais distante da causa LGBT e dos direitos humanos dos três candidatos à presidência (o terceiro era Nilmário Miranda).
No terceiro mandato como deputado, Couto tem histórico com a causa agrária. Seu objetivo era presidir a Comissão de Agricultura, mas o PT teve de abrir mão da comissão pois só podia escolher quatro (as outras foram de Seguridade Social e Família, Constituição e Justiça e Mista de Orçamento) e não podia deixar a CDHM nas mãos de um homofóbico como em 2013 (Marco Feliciano, do PSC).
“A comissão tem que rapidamente se recolocar no seu devido papel e cumprir sua missão junto com as forças e movimentos que representam os direitos humanos”, disse o deputado, por telefone, ao site Brasil Post.
“Mas a comissão está em ótimas mãos, ele tem histórico de
luta pela dignidade humana”, disse o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP),
à reportagem. Segundo o deputado, Couto vai “cumprir bem o papel de proteger a
comissão”, que esteve “em risco” no ano passado.
Em entrevista ao iG, no domingo, 23, Assis do Couto assumiu
que não tem proximidade com questões LGBT. “Não tenho muita militância nesta
área e é natural que eu não tenha. Sou um parlamentar do interior, do campo.
Mas nunca tive nenhum problema e sempre apoiei a defesa dessas minorias. Acho
que o que aconteceu o ano passado, a forma preconceituosa como a Comissão de
Direitos Humanos foi conduzida no ano passado explica até essa reação muito
forte de querer retomar a comissão”, afirmou.O deputado também considerou que em 2013 “a comissão ficou muito pautada, muito focada numa única via e isso foi ruim” se referindo a discussão dos direitos gays. Entretanto, admite que isso aconteceu por causa da “natureza do episódio”, se referindo ao fato de uma comissão que trata de minorias ser presidida por alguém que pretende tirar o direito delas.
Fonte: Parou Tudo
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