Defensora dos direitos homossexuais e ex-deputada italiana, a transexual Vladimir Luxuria foi detida
pela polícia no Parque Olímpico das Olimpíadas de Inverno de Sochi, no domingo, após ser vista vestindo as cores da bandeira gay e carregando uma faixa que dizia, em russo, "gay é ok". Ela protestava, principalmente, contra uma lei russa que proíbe a "propaganda homossexual".
- Estou em Sochi! Saudações com as cores do arco-íris na cara do Putin - relatou Luxuria em sua conta, publicando também uma foto em que usa uma saia colorida e um guarda-chuva de arco-íris.
Ela pediu ajuda de organizações de defesa dos direitos LGBT de Roma após o incidente e acabou sendo liberada, segundo o periódico "Daily News".
- Ela foi presa pela polícia em Sochi enquanto assistia aos Jogos Olímpicos - comentou a presidente honorária do "Di’Gay Project Imma Battaglia" em entrevista ao site italiano "Corriere".
Segundo ela, Luxuria enviou uma mensagem pedindo ajuda. A
equipe da Ministra de Relações Exteriores italiana Emma Bonino publicou na
internet que uma unidade de crises estaria atuando após a prisão. Mais tarde,
eles divulgaram que a ex-deputada foi liberada. Contudo, o diretor de comunicação
do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, minimizou o incidente. Ele
disse que Luxuria apenas foi solicitada a deixar o Parque Olímpico.
- Nós pediríamos a qualquer um para fazer isso em qualquer
outro lugar fora do Parque Olímpico e de arenas olímpicas. Para ser honesto, o
que aconteceu ainda não está claro. Eu entendo que ela estava no local por uma,
duas horas, andando, conversando com espectadores. Alguns a favor, alguns
contra, alguns muito contra, mas sei que ela queria fazer sua demonstração por
lá, e penso que, após algumas horas, ela finalmente foi escoltada de maneira
pacífica da área, não detida, e eu acho que ela mesma postou em uma rede social
que tudo foi muito educado - relatou.Chefe das comunicação de Sochi 2014, Aleksandra Kosterina afirmou que os organizadores conversaram com a polícia sobre o ocorrido, e os agentes responderam que não havia registros de nenhuma prisão.
Fonte: Globo/Esporte
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