A cidade de Sochi, na Rússia, receberá, entre 7 e 23 de
fevereiro de 2014, os Jogos Olímpicos de Inverno.
Dentre os milhares de atletas
que irão para o país disputar os mais de 80 eventos, estão as mais diversas
etnias, culturas, credos e orientações sexuais. O problema que a diversidade
implica na realização dos jogos é uma lei que recentemente foi aprovada na
Rússia. Proibindo a “propaganda homossexual” na presença de menores de idade, a
multa aos infratores pode chegar a 1 milhão de rubros (aproximadamente R$ 70
mil).
O problema que a lei causa na realização dos jogos é
justamente o tratamento previsto no caso da infração por parte de um
estrangeiro. A punição prevê uma multa de 100 mil rublos (R$ 7 mil) além de
detenção de até 15 dias do infrator ou sua expulsão do território russo.
Como resposta algumas entidades dos direitos LGBT propuseram
um boicote aos jogos, enquanto outros ativistas acreditam que resposta a ser
dada deva ser exatamente o contrário. Blake Skjellerup, um patinador
neozelandês homossexual, acredita que a presença de alguém como ele em Sochi,
alguém que saiu do armário, que apenas é ele mesmo, é muito mais importante do
que não estar lá, disse ao site Vocativ.
Blake ainda não está garantido nos jogos de 2014, mas está
disputando as classificatórias. Para ele, as olímpiadas são uma celebração da
humanidade. “As Olimpíadas são um movimento apolítico. Contudo, elas são também
uma celebração da humanidade e a homossexualidade é parte da humanidade”.
O atleta também deu seu parecer sobre a lei passada na
Rússia. “Eu acredito que estar em um país como a Rússia, em que eles decidiram
introduzir essas novas leis, dizendo basicamente que homossexuais não existem,
é um enorme passo para trás para os movimentos dos direitos LGBT no mundo todo,
não apenas na Rússia”.
Por fim, Blake revela porquê, caso se classifique para os
jogos, correrá o risco de assumir quem ele é na Rússia. “Eu estive no armário
por muito tempo e quem eu sou agora é quem eu realmente sou e quem eu sempre
serei. Eu não vou mudar quem sou só porque fui para um país diferente”.
Fonte: Fox Sports
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