A rainha Elizabeth II aprovou nesta quarta-feira o casamento
gay na Grã-Bretanha. A decisão é o último
passo para a legalização, que já
havia obtido sucesso na Câmara do Lordes e na Câmara dos Comuns.
A aprovação na Câmara dos Comuns do Parlamento britânico
ocorreu no fim da terça-feira, após cerca de duas horas de debate. Foram 390
votos a favor e 148 contra.
"É um momento histórico, que repercutirá na vida de
muitas pessoas. Estou muito orgulhosa que o tenhamos tornado possível",
afirmou a ministra da Cultura, Maria Miller, cuja pasta elaborou o texto.
Os primeiros casamentos só poderão ser realizados a partir
do próximo ano porque o governo tem de resolver algumas questões
administrativas, como o efeito sobre as pensões.
O texto foi impulsionado pelo primeiro-ministro britânico
David Cameron, apesar da oposição dentro de seu próprio Partido Conservador. O texto
quase não provocou debate na opinião pública, majoritariamente favorável.
Os deputados decidiram não se opor a uma série de emendas
menores ao projeto de lei propostas pela Câmara dos Lordes, e deixar assim
livre o caminho para o casamento gay na Inglaterra e em Gales.
Para os britânicos, a mudança é principalmente simbólica, porque
os casais gays têm os mesmos direitos de paternidade que os heterossexuais e
podem adotar, recorrer à procriação medicamente assistiada e a uma mãe de
aluguel, desde que não seja remunerada. Desde 2005 também existe a união civil
entre pessoas do mesmo sexo.
A lei permite que organizações religiosas optem por realizar
casamentos gays. No entanto, a Igreja da Inglaterra e a Igreja de Gales seguem
proibindo este tipo de cerimônia. A lei ainda concede proteção especial para
casais transgêneros, que poderão trocar de sexo e continuar casados.
A decisão torna a Grã-Bretanha o décimo país europeu a
aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo, juntando-se a Portugal, Espanha,
França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Suécia e Islândia.
Fonte: Terra,
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