quarta-feira, 5 de março de 2014

Lésbicas enfrentam preconceito em nome do amor no interior de Pernambuco

Se já é não fácil enfrentar o preconceito nas grandes cidades, imagine assumir quem você é na Zona
da Mata de Pernambuco? Foi o que fizeram Marta Maria da Silva e Sônia Maria de Santana.
As duas terminaram seus casamentos heterossexuais e se permitiram se amar e sem se esconderem da sociedade. “Para que viver escondida o tempo todo?. Minha mãe não aceitava que eu gostasse de pessoas do mesmo sexo que o meu. Então eu a respeitava. Quando ela morreu, resolvi me libertar e ser feliz. Não tinha para que viver fingindo mais”, disse Marta, ao G1, sobre a decisão de encerrar um casamento que lhe rendeu dois filhos adolescentes.
“Sempre soube que meu gosto era diferente, mas quis tentar. Vi que não dava mais quando conheci Marta. Fiquei apaixonada por ela e pedi o divórcio. Minha família toda aceita e apoia a minha decisão”, afirmou Sônia, que foi casada por um ano e tem um filho de seis anos.
O casal, que tem aceitação de amigos e parentes, trabalha na lavoura, ambiente em que é um desafio todos os dias. “Somos duas mulheres no meio de mais ou menos 30 homens. É complicado para eles entenderem o nosso relacionamento, mas nós enfrentamos qualquer coisa para ficarmos juntas. Desde um serviço que é considerado para homens a participar de um maracatu como caboclas de lança”, disse Marta, à reportagem.
A duas fazem parte do Maracatu Rural Coração Nazareno, único no País formado apenas por mulheres e planeja oficializar a união este ano. “Vamos dar uma festa e mostrar para todo mundo que somos felizes juntas”, afirmou Sônia.
 
Fonte: Parou Tudo

Nenhum comentário:

Postar um comentário