sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dia do Orgulho Gay e Lésbico agrega diversas pautas em Teresina


 Na data em que é comorado o Dia Internacional do Orgulho Gay e Lésbico, nesta sexta-feira (28), o
movimento regional “Para Cuidar da Profissão” conclamou entidades para a luta contra o Ato Médico e projeto de “Cura Gay”. O movimento foi organizado no passeio da Avenida Frei Serafim, em frente ao Supermercado Hiper Bom Preço, e contou com a participação de profissionais da saúde e entidades que lutam em favor da garantia dos direitos LGBT’s.
A psicóloga Palônia Andrade, coordenadora regional do movimento “Para Cuidar da Profissão”, afirma que se instaurada a regulamentação do Ato Médico, delimitado pelo Projeto de Lei 268/02, desagradaria várias categorias profissionais. “É impossível querer centralizar tudo na figura de um único profissional, tudo ser de responsabilidade do médico. Nós, profissionais da saúde, trabalhamos para proporcionar um atendimento intermultidisciplinar, são 14 setores envolvidos nessa luta”, relata.
O psicólogo Eduardo Moita, explica sobre o posicionamento do Conselho Regional de Psicologia a respeito do projeto de lei que ficou conhecido como “cura gay”. “É um retrocesso gigantesco querer aprovar uma lei que enxergue o homossexual como um doente. Nós não somos impedindo de atender homossexuais, transexuais, gays, lésbicas ou qualquer tipo de cidadão, só não podemos fomentar o preconceito e a discriminação apoiando uma proposta como essa”, esclarece.
Com cartazes e a bandeira das cores símbolos do movimento LGBT, os manifestantes ocupavam o passeio da Avenida Frei Serafim. Para João Leite, coordenador do coletivo de Gays Mirindiba e Pastor da Igreja Comunidade Metropolitana, única igreja gay de Teresina, os dados alarmantes sobre a violência sofrida pelos homossexuais são a maior prova que o cenário do país deve mudar.
“O Brasil é o país que mais mata homossexuais por crimes de ódio. Somos contrários a qualquer tipo de incentivo a mais violência e morte, como é o caso do projeto de “cura gay”. A gente já não aguenta mais tanto sofrimento”, confessa João.
O Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis também estava presente na manifestação. O grupo reivindicou aprovação da PLC 122, que tem por objetivo criminalizar a homofobia, além de posicionamento contrário à permanência do deputado pastor Marcos Feliciano (PSC), na permanência da presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Marinalva Santana, diretora do grupo Matizes, relata que o momento, apesar de contemplar o Dia Internacional do Orgulho Gay e Lésbico, não é levado como comemoração. “Pela conjuntura atual do nosso país, a celebração deste dia dá lugar as manifestações e a luta pela garantia dos direitos LGBT’s, como o posicionamento contrário ao projeto de lei conhecido como “cura gay”, ao Ato Médico e a necessidade da aprovação da PEC do casamento gay proposta pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)”, finaliza a militante.

Fonte: Capital Teresina


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