“Tive justificativas bem escorregadias. Eu tive perto de vários ‘sim’ que se converteram em ‘não’. Sempre bem escorregadios. E eu fui identificando um preconceito bem velado, porque esse filme trata de dois tabus, que infelizmente ainda são tabus no Brasil, que é a questão de gênero e a questão da idade, e as marcas não querem se associar a isso”, contou Leandra ao portal “UOL”.
A diretora iniciou um sistema de “crowd funding” para conseguir o restante do dinheiro – R$ 100 mil – que faltam para finalizar o longa.
Os interessados podem doar de R$ 20 a R$ 5.000 e poderão assistir ao espetáculo de dez anos, de mesmo nome do filme, que será reencenado pelas travestis em dezembro, e até fazer figuração nas filmagens.
O projeto do filme nasceu há três anos e retratará a vida de Rogéria, Jane Di Castro, Waléria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios, travestis pioneiras que se apresentavam nos palcos cariocas nos anos 1960.
“Eu sou muito apaixonada por elas e achei que seria muito fácil de viabilizar esse projeto. Eu nem gosto de ficar me prendendo na questão do gênero, porque elas são muito talentosas e a história de vida delas é incrível. Elas não se vitimizam, apesar de todas as dificuldades que passaram na vida”, revelou Leandra à publicação.
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