A Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não fizeram
campanhas diretamente relacionadas ao combate à homofobia. Ambas, porém,
possuem em seus estatutos e códigos de conduta regras que condenam a
discriminação por gênero.
Em janeiro de 2012, a Associação Brasileira de Gays,
Lésbicas e Transgêneros enviou um ofício à Fifa pedindo uma campanha contra a
homofobia na Copa do Mundo que será realizada no Brasil. A entidade ainda
espera uma resposta, segundo o presidente Carlos Magno Silva Fonseca.
"Nossa ideia era de que houvesse uma campanha como as que já foram feitas
contra o preconceito racial, mas não recebemos nenhuma resposta."
A escolha das sedes para as próximas Copas do Mundo e Jogos
Olímpicos colocaram diante das entidades um desafio na discussão sobre a
questão gay no esporte. Após a Copa no Brasil, em 2014, os Mundiais serão
disputados na Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, países com histórico de
violações nos direitos dos homossexuais. A Olimpíada de Inverno, no início de
2014, será em Sochi, também em território russo.
Em agosto, a Rússia aprovou a chamada "lei
antigay", que proíbe manifestações públicas a favor dos gays - até 1993, a
homossexualidade era crime no país, o que ainda está em vigor no Catar.
Rússia e Catar se comprometeram a dar boas vindas a
todos os torcedores, além de garantir a segurança deles. A Fifa acredita que
(os países) vão cumprir a promessa", diz a entidade em nota. A Fifa ainda
afirma ter pedido esclarecimentos aos russos sobre a "lei antigay",
assim como fez o COI.
Fonte: Estadão
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