Estreando nesta sexta-feira no HBO, documentário enxuto
alterna momentos tocantes e divertidos de
celebridades e anônimos
Como é se assumir gay? O documentário “The Out List” colocou
16 personalidades da comunidade LGBT dos Estados Unidos para responder a esta
pergunta, inclusive artistas como a apresentadora Ellen DeGeneres e o
ator Neil Patrick Harris . Mas não são as histórias das celebridades que mais
chamam atenção no divertido e tocante filme, que estreia nesta sexta-feira (30)
no canal HBO, às 22h.
Os gays anônimos do filme protagonizam depoimentos mais
interessantes e surpreendentes do que as celebridades, que têm parte das
histórias contadas já conhecidas pelo público. Este é o caso da texana Lupe
Valdez , que quebrou três paradigmas em Dallas, no conservador estado do Texas.
Ela foi a primeira mulher, a primeira latina e a primeira lésbica a ser eleita
xerife na cidade.
Durante sua eleição, Lupe conta que recebeu um conselho
fundamental de um amigo, quando os rumores sobre sua sexualidade começaram a
pipocar. Ele disse a ela algo como: “Nunca esconda que você é gay, mas não
deixe que isso seja a única e nem a primeira coisa pelo qual as pessoas te
conheçam”.
Também desconhecido do grande público, o dramaturgo Larry
Kramer é outro destaque do filme. Histórico ativista gay, ele não se acanha em
dizer que o movimento LGBT é o grande responsável pelos avanços no tratamento
da AIDS, muito mais que os governos e que os laboratórios farmacêuticos. Kramer
ainda diz que a raiva causada pelo preconceito é sim um grande impulsionador na
luta por mais respeito na sociedade.
É claro que os artistas têm momentos a se destacar em “The
Out List”, especialmente pela forma bem-humorada que tratam o assunto
homossexualidade. Neil Patrick Harris, por exemplo, se diverte falando de como
o seu relacionamento com o marido David Burtka avançou rapidamente. “Como boas
lésbicas, fomos morar juntos depois de três meses de namoro”, brinca o astro de
“How I Met Your Mother”.
Famosa como a Miranda da "Sex and the City”, a atriz
Cynthia Nixon aponta um aspecto curioso, o fato de a bissexualidade ser vista
com descrença pela própria comunidade LGBT. Apesar de se ver como bissexual,
ela explica que aceita ser definida como lésbica por entender que o movimento
gay tem mais força se todos estiverem unidos e não separados.
Dirigido pelo premiado fotógrafo e diretor Timothy
Greenfield-Sanders , “The Out List” ganha pontos por mostrar os depoimentos dos
entrevistados de maneira enxuta, sem enrolação nos seus 59 minutos de duração.
Todos falam apenas o essencial, em pouco tempo.
Por outro lado, o formato de alguém falando para a câmera na
frente de um fundo neutro se mostra repetitivo no decorrer do documentário. São
poucas as imagens externas que ilustram as falas, fica a impressão de que “The
Out List” podia ilustrar melhor a história de seus perfilados.
Além dos já citados, o documentário também traz os
depoimentos da comediante Wanda Sykes (The New Adventures of Old Christine), o
roteirista Dustin Lance Black , premiado com o Oscar por “Milk - A Voz da
Igualdade”, e o vocalista do grupo Scissor Sisters Jake Shears , entre outros.
Fonte: Igay
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